AVC – Importância da prevenção e da informação

No segundo episódio do “Saúde em 30 Minutos”, promovido pelo Instituto Mente e Cérebro (IMCer), o diretor da instituição, Dr. Diógenes Zãn, entrevista Cintia Souza — sobrevivente de um AVC isquêmico e ativista na conscientização sobre a doença. O tema da vez: o crescimento alarmante dos casos de AVC entre jovens e a urgência de políticas públicas de prevenção.
“AVC não é doença de idoso!”
No bate-papo, Cintia levanta uma questão importante e ainda cercada de mitos: “Gente, pelo amor de Deus! Há quanto tempo isso deixou de ser mito? AVC não é doença de pessoa idosa. Está atingindo tantos jovens, tantas mulheres… e parece que ninguém quer enxergar.”
A percepção de que o Acidente Vascular Cerebral acomete apenas pessoas mais velhas ainda é comum, mas já não corresponde à realidade. O Dr. Diógenes, neurologista com ampla experiência na área, concorda: “É muito mal compreendido. Toda vez que um paciente com menos de 50 anos sofre um AVC, há surpresa e incredulidade. É sempre uma quebra de paradigmas.”
Segundo ele, os números confirmam um aumento expressivo de AVCs entre jovens nos últimos anos, motivado, em parte, pelo crescimento dos fatores de risco modificáveis, como sedentarismo, má alimentação, tabagismo e estresse.
Conscientização e políticas públicas
Além de compartilhar sua experiência pessoal, Cintia também atua na mobilização por mais informação e ações preventivas. Um dos principais projetos que abraça é o Maio Vermelho, uma campanha nacional voltada à prevenção e combate ao AVC.
“O Projeto Maio Vermelho é muito sério e importante. Já foi aprovado pela Comissão de Saúde no Congresso Nacional, e agora seguimos aguardando as demais etapas. A campanha acontece em várias cidades do Brasil, e aqui em Minas Gerais, é o mês inteiro dedicado ao tema.”
Ela reforça a importância de unir esforços entre sociedade civil, instituições e gestores públicos: “Se a gente tem como prever e prevenir, precisamos disseminar o maior número possível de informações. Isso representa um ganho financeiro para o sistema de saúde e, principalmente, um ganho humano imenso.”
O papel das instituições como o IMCer
O Dr. Diógenes destaca que o inverno é um período crítico, com aumento de até 30% nos casos de AVC e infarto, o que reforça ainda mais o valor de uma campanha intensiva como o Maio Vermelho.
“Já existe o Dia Mundial de Combate ao AVC, em 29 de outubro, mas ter um mês inteiro que antecede o período de maior incidência da doença é um grande avanço.”
Ele reforça o papel do Instituto Mente e Cérebro nesse cenário: “O IMCer apoia causas de prevenção, combate e assistência ao AVC. Uma das nossas missões é justamente oferecer acesso ao tratamento especializado em regiões que não contam com neurologistas.”
Cintia também reconhece esse apoio institucional: “A atuação do IMCer é muito séria. O acolhimento, o aconselhamento por telefone e a disseminação de informações salvam vidas, assim como as campanhas de reconhecimento precoce.
Informação e prevenção salvam vidas — especialmente quando se trata de uma doença grave, rápida e muitas vezes silenciosa como o AVC. Iniciativas como o Maio Vermelho, unidas ao trabalho de instituições sérias, como o IMCer, são essenciais para transformar essa realidade no Brasil.
👉 Assista à entrevista completa com Cintia Souza no canal do YouTube do IMCer e entenda como a informação pode ser o primeiro passo para a prevenção.