Ciclo de capacitações em AVC mobilizou mais de mil profissionais no estado do Rio de Janeiro

Foi concluído com sucesso nesta semana um amplo e estratégico ciclo de capacitações voltadas à assistência ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) no estado do Rio de Janeiro. Ao longo dos últimos meses, mais de mil profissionais de saúde — entre equipes de hospitais, UPAs e do SAMU — foram treinados para aprimorar sua atuação diante da principal urgência neurológica do país.
À frente dessa jornada educacional esteve o Dr. Diógenes Zãn, neurologista, neurologista vascular, neuroradiologista intervencionista e coordenador de Linhas de Cuidado em AVC. Professor de Medicina na Unisinos e diretor médico de uma das principais iniciativas em educação e telemedicina em neurologia do país, o IMCer, o Prof. Diógenes compartilhou conhecimento técnico, experiência prática e diretrizes baseadas em evidência científica com centenas de profissionais da rede estadual.
As aulas abordaram desde o reconhecimento clínico precoce do AVC até o manejo inicial, tratamento especializado, organização de fluxos e cuidados multiprofissionais. Os treinamentos ocorreram em formatos presenciais e online, sempre com alta participação e engajamento das equipes — que trouxeram casos reais, discutiram condutas e buscaram alinhar práticas para garantir uma resposta mais eficiente ao paciente com AVC.
Essa ação integra o movimento de transformação da linha de cuidado ao AVC no estado, conduzido pela Secretaria Estadual de Saúde, com liderança técnica do Dr. Antônio Ribeiro, coordenador estadual da linha. O projeto representa um avanço concreto rumo à padronização e qualificação do atendimento ao AVC nas emergências do Rio de Janeiro.
“Cada segundo conta no atendimento ao AVC. E quando a rede está capacitada e conectada, conseguimos mudar o desfecho de vidas que antes seriam marcadas por incapacidade ou morte evitável”, destacou o Dr. Diógenes ao final da última aula do ciclo.
A capacitação técnica e a organização sistêmica do cuidado são alicerces essenciais para ampliar o acesso ao tratamento adequado, especialmente à trombólise — ainda inacessível à maior parte da população brasileira. Nesse contexto, esse ciclo de capacitações foi determinante para aproximar ciência, gestão e prática clínica.
Mais do que uma série de aulas, o ciclo representou um passo firme em direção a uma rede de cuidado mais eficiente, integrada e humana para quem sofre um AVC. A experiência do Rio de Janeiro mostra que, com liderança técnica, formação qualificada e compromisso institucional, é possível transformar a realidade da saúde pública brasileira.